3 de fevereiro de 2014

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por: mokayama

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Categorias: matérias

A Rede….

 

Ja faz um certo tempo que se decretou o fim da indústria do disco; desde que o file sharing, tornou-se uma via obrigatória para a circulação de arquivos musicais na forma de mp3, os caminhos que a música vem tomado estão cada vez mais difusos, se questionando até mesmo o próprio futuro do mercado musical, trazendo como contra peso a tendência do culto ao amadorismo, que esta virando lugar comum.

Com uma certa ansia “mezzo bolchevista” , muitos deram graças a Deus por este cenário, alimentando um discurso de que músico faz dinheiro é com show mesmo.

Esta se comprovando” in loco” que as coisas não são bem por ai, como podemos ver que , mesmo bandas com prestigio e midia estão enfrentando problemas com a sobrevivência.

Todas as areas da atuação músical estão passando por situações de reorganização geral, sejam: as aulas, shows,produções, publicações,gravações, etc, etc e tal

Mais do que músico, me coloco como fã de música (o que na realidade, me levou a trilhar este caminho), e a partir desta premissa confesso que sinto uma certa falta da magia , em que a arte serve como gasolina para a nossa “fogueira da vida”; é justamente este aspecto que me tira um pouco o sono; video aulas e tutorials, sempre foram e serão caminhos para aprender a magia da música, todavia me foge a razão ver como covers na internet, trazem mais acesso e despertam mais interesse do que as obras prontas em questão, acho que a beleza em ouvir Jaco Pastorius , com sua perturbada versão de Blackbird, a abertura da Sagração da Primavera de Stravinski ou até mesmo ouvir os Sex Pistols mandarem tudo a merda em Pretty Vacant, tem um poder catártico e espiritual,  comparável a força de grandes obras de arte, desde cânones   da literatura até  os garndes dp cimema e como estes manifestos são poderosos e inspiradores.

A dita revolução digital, esta causando no planeta uma mudança sem precedente.

São tempos difusos, e enigmáticos onde a nossa própria percepção de tempo esta atropelada pelo fluxo insano de informações.(quer apostar que o ano vai voar ?)

A arquitetura maluca da web , quase uma forma de vida ,um universo artificial que possui pulso e sua próprias regras de existência, esta causando uma endorfia , dado ao fato de como nossa vida “humana” esta plasmada e alimentada diretamente pelo cordão umbilical digital que propicia com nossa forma de ser e respectiva realidade digital…

Faz um certo tempo , uma grande figura, um autêntico homem da renascença ,misto de fotografo, integrante do seminal Joelho de Porco, jornalista e veterano aviador da segunda guerra mundial( Mr. David Drew Zing) escreveu que sua própria alma viraria chip de computador, antevendo a mais de quinze anos, como nossas realizações e história pessoal iriam se perpetuar na rede, alcançando a imortalidade via digital….

Que a rede seja a grande estrada para a vida na sua plenitude

 

Oka