27 de janeiro de 2014

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por: mokayama

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Categorias: matérias

Bem-vindos!

 

Bem vindos!

“ A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para a frente…. “, foi uma célebre citação  do filosofo dinamarquês Soren Kierkegaard, precursor do existencialismo.

Em nossa maluca e efêmera  existência , mal percebemos que pequenos atos e ações aparentemente  singelas tem a força de um Tsunami no definir de nossos rumos.

Como uma vez o Dalai Lama fez a analogia de como um pequeno mosquito pode acabar com o sono de um gigante.

Como a distante  data , um final de tarde dos já distantes anos oitenta ,ao me deparar com um aluno mais velho da escola que estudava na Vila Mariana em Sampa,  com uma guitarra pendurada , enquanto conversava com uma garota loira…um dia de cores difusas na minha memória, parecido com aquele tom desbotado de fotos antigas , tão imitado agora, nos filtros digitais que usamos para envelhecer fotos novas( sintomático, não?).

Eu  era um” pivete”  e o abismo de gerações era muito maior naqueles distantes anos oitenta…minha mãe comentou com o garoto, que eu já admirava rock, mas nunca tinha visto uma guitarra de perto…

Talvez a centelha do rumo que direcionei minha vida foi lançada naquele dia;  talvez anos depois,  ou talvez,  muito antes  em memórias difusas da infância ao brincar com o piano da sala ou admirar uma 335 nas mãos do Gato( nosso primeiro herói da guitarra que acompanhava o Rei  em sua fase aúrea), estampada na capa de um velho disco do Roberto Carlos .Seriam brincadeiras na infância, no meio do éter e da poeira cósmica , ou seria tudo isto citado apenas romantismo barato e  elocubraçâo?

 IMG_2484

 Uma  certeza  podemos ter:  as escolhas sempre acompanham  e definem nossos rumos, de maneira subjetiva ou direta;  sutil como uma brisa ou forte como um tapa na cara.

Saber se reinventar e olhar para frente é obrigação de qualquer profissional e ser humano, nesta era em que vivemos.

Um momento paradoxal, onde  parecemos  ter tudo e nada ao mesmo tempo.

Talvez seja nossa obrigação achar nossa própria verdade, no meio destes dois extremos que , dizem os sociólogos,  caracterizam a nossa era.

Uma era de extremos  e infinitas cores difusas entre estes dois limites….

Bem vindos!

Boa sorte a todos nós!

 

P.S:Em tempo, a guitarra em si pendurada no cara, era uma cópia da Jaguar..talvez uma Super Sonic…