O Céu ainda é azul…Graças a Deus!
Equivocos de midia, causam muitas vezes estragos tão devastadores quando a bomba de Hiroshima, maculando a imagem e posicionamento de um artista, empresa ou mero mortal; vide da tragédia com donos da Escola Base(que mudou até a questão da ética em escolas de jornalismo) ao filme Amadeus surgido por causa de um folhetim escrito como novela por Rinsky Korsakov de ficção, sendo que na realidade, temos um compositor italiano chamado Salieri que era tão brilhante quando Mozart, apenas não tinha a devida fama pelo fato de que Viena era a bola da vez no jet set artistico; os compositores em questão nem se conheceram pessoalmente, contrariando o melodrama cinematográfico onde Salieri envenena o celebre Vienense..
Yoko Ono sempre foi acusada de ser a bruxa má que acabou com os Beatles e queria o tutu e fama de John Lennon; equívocos máximos, levando em conta que : ela já era de família muito rica, possuía carreira artística consolidada e os Beatles acabaram por, como é notório, problemas administrativos pós morte do Brian Epstein além de egos se arrebentando e desgaste natural, nada além do rumo normal de qualquer banda de rock…o próprio Macca isenta a Yoko desses BOs.
A exposição o Céu ainda é Azul que passou este ano no Instituto Tomie Othake, provou o quando sua obra foi relevante, independente de seu envolvimento com o Beatle.
Uma artista que colocou a interatividade de maneira leve, longe do conceitual pelo conceitual, onde a essência da ótica e cultura oriental de manifesta em sua obra.
Onde a leveza e força se fundem , no contraste sutil de nossa breve experiência humana…coisa típica da maneira dos orientais de encarar a brevidade da vida…
Misturando o espirito lúdico onde a verdade se manifesta em meras formas e jogos a alcance das crianças que habitam em todos nós, dos oito aos oitenta.
Revivendo o clima pacifista de seus Bed Ins com Lennon, haikais em formas de pedras físicas e espirituais.
Protesto sutil , refletindo os horrores únicos de Hiroshima…
E mostrando sua época no Fluxus, desmaterializando a arte, sob a batuta de Gustav Metzger que inspirou Pete Townshend a esfacelar sua Rickenbaker..
Yoko Ono é um exemplo que artista moderna que incorporou o espirito múltiplo e renascentista; na musica uma Bjork, antes da própria Bjork sonhar em ser ela mesma….
Mais que tudo uma grande mulher, que como o poder que, só as mulheres tem, soube acalentar , dar folego e fé ao um dos maiores gênios da historia da musica, mostrando que todo grande homem, tem sempre a seu lado uma grande mulher….
Salve Yoko!
Marcio Okayama….2017…