Paradigmas, paradoxos…pandemia….
Para quem cresceu vendo sessão da tarde, pirando em series japonesas, montando avião da Revell, jogando bola na rua e fumando escondido no banheiro (opa esta última a galera continua a fazer.), concretizou-se o filme de ficção que tanto assistimos nestes tempos distantes.
Momento insano, onde o mundo parou; o que de certa forma, acende uma certa esperança na humanidade pois (apesar das inúmeras teorias da conspiração), se colocou a vida na frente do ganho material.
Momento ímpar onde nos defrontamos com a fragilidade de nossa existência e a consequência efemeridade de tudo e todos….
Como diria George … “All things must pass…”
Nossa arrogância embasada e “impulsionada” pelo viés digital onde nos damos mais importância do que realmente somos e fazemos, apenas vaidade e “poderia no vento”, encurralada pela ameaça invisível…imponderável…microscópica….
Nada de novo debaixo do sol….
E a arte no meio deste beco sem saída?
Talvez ela uma das poucas constantes, onde nossa verdade seja refletida como um espelho; um sonho, pesadelo, verdade, mentira, fumaça, truques…
Mas ela sim… apesar de tudo isto acima, o porto seguro onde nossa consciência se apruma de nossa mente e a alma se serena….
Não acredito em arte polarizada… ideológica…. Direita, centro, esquerda…. FODA_SE!!!!!!
No frigir dos ovos a história provou que por ingenuidade, histeria ou mera inércia os grandes erros da humanidade acontecem na escolha e postura desmedida, onde o bom senso desaba…
Que exista uma arte livre, humanitária, provida de uma espiritualidade livre, sem amarras, que impulsione o ser humano no seu melhor….
Seja qual caminho, opção e destino forem…
Que seja um momento de quebra de paradigmas, em busca de uma sociedade que abrace cada vez mais a criação andando de mão dadas para a razão
E que mais do que tudo…
Tenhamos feito a lição de casa para passar de ano….
Márcio Okayama