30 de janeiro de 2020

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por: mokayama

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Pelo Amor e pela morte…..

Pelo Amor e pela morte….

Lembro de uma noite de sábado largada na casa de minha família, quando o EuroChanell passou este filme.
Achei fantástico, uma mistura de um ambiente onírico,que transcende a mera questão e aparência de filme tosco de Zumbis.

pelo amor e pela morte
Esta produção ítalo-inglesa é permeada por uma analogia entre a morte dentro da vida sendo a cidade isolada e o cemitério onde os mortos se revoltam , uma metáfora para as prisões espirituais que ferram a nossa existência.
Podemos nos identificar com o personagem brilhantemente interpretado por Rupert Everett;
como o anti herói Francesco Dellamorte ,totalmente ilhado em seu mundinho aonde faz tudo para exorcizar seus mortos e cumprir o ciclo que deve cumprir.
Imagens poéticas onde o sutil véu da morte serve como analogia da passagem, se faz presente sem ser pedante nem exagerado.
A atitude do personagem lembra uma peça que me fez decidir pelo caminho da música(O Cobrador, uma outra hora conto sobre ela), onde num misto de “Dia de Fúria” com Faroeste italiano.
Mostra-se uma ironia ao grotesco em momentos como: assassinato da menina que mostrou o preço do amor, o perder da genitália pela mesma razão e recupera-la com direito a um mês de impotência (!!!!)analogias finas sobre o absurdo da razão humana descrevendo o ápice da loucura do personagem da seguinte forma: _Pare de matar seus mortos!!!Se quiser acabar com isto, mate os vivos…”dito para Francesco por ninguém menos que a própria Sra Tanatos… a Morte em questão.
Destaque também para o ajudante Nganazi(François Hadji-Lazaro) responsável pelo humor constante do filme e pela representação sutil da atriz Ana Falchi que encarna varias facetas da presença feminina em nossa vida e morte….

Como um amigo de DeLamorte diz, ao estar em coma: “Tudo é uma merda… só dormir que não o é…”

Será mesmo????

Oka….