25 de fevereiro de 2014

|

por: mokayama

|

Categorias: matérias, music

Tempo de Mar… outro texto meio antigo…

IMG_2455[1]

Tempo de Mar…
Enfim ,parece que adentramos mais uma etapa da caminhada de nossa espécie humana na Terra; acontecimento comprovado pela série de fatos crassos e perspectiva de um futuro não muito luminoso, que nos pegaram de supetão nas últimas semanas.

Mesmo anteriormente a isto, vivíamos num clima meio de primeiro de janeiro na praia, onde restos de sonhos ,expectativas,solidão e alegria se misturam à garrafas vazias de champagne, fogos estourados e oferendas a Iemanjá….

E o “Papel da Música”nesta esbórnia toda?De certa forma nunca se produziu tantas ferramentas e obras na história quanto no século passado .Sempre associamos uma determinada forma de composição à época. Na Renascença o surgimento da polifonia, no Barroco o auge da independência das vozes .O que se dirá do século XX onde um de nossos maiores expoentes, Igor Stravinski adotou sistemas distintos em várias fases de sua obra?

Nunca os frutos da árvore genealógica musical foram espalhados de maneira tão rápida, visto que a obra do próprio Stravinski teve ecos ,desde a sucessão de compositores eruditos contemporâneos,passando pelo nascimento do Be Bop,chegando à sofistição harmônica de nosso maestro Tom Jobim , atingindo territórios impensáveis como a “metaleirice”de Marty Friedman e Jason Becker no Cachophony e o universo que se conhece por aí, como Frank Zappa.

Imaginem o quanto de informação e sons novos o laboratório a céu aberto, que é a música erudita contemporânea, pode oferecer à criação musical e artística geral(não esquecendo de eventuais pontes entre diferentes ramos que se tornam cada vez mais vitais).

Lembrando que as texturas únicas dos últimos trabalhos da banda Pop inglesa Radiohead foram influenciadas pelo compositor polonês Penderecki e que a música eletrônica, de um modo geral, tem se tornado um estilo novo no qual se firma cada vez mais como assunto sério e coisa de gente grande ,neste , produtores e arranjadores , cada vez mais , se exprimem (que o diria nosso saudosíssimo Suba).

Falando deste último, fica aqui um gancho de como nossa música e cultura fogem à regra geral do jogo, em que um maestro Iogoslavo conseguiu, em pouquísssimo tempo, assimilar e dar um prumo novo às nossas tendências musicais.

Salvo tons ufanistas , fica aqui a ressalva que a música brasileira assume um papel de ponta na conjuntura geral do planeta ,uma fusão de raças, cores e sons que se torna vital, num momento no qual a intolerância ameaça dar um final abrupto em nosso história